segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Mitologia Hindu: Considerações sobre o Inconsciente


Com base no que encontramos na Filosofia/Mitologia Hindu, concluímos o seguinte:
a)    Os deuses são partes de nós, eternos, imortais, mantendo-se inalterados em nossas vidas sucessivas ou reencarnações. Deus, ou os Deuses, estão dentro de nós, em nosso Inconsciente Individual, mas também têm sua expressão fora de nós, no Inconsciente Coletivo.

b)    O Inconsciente é mais amplo do que possamos imaginar, abarcando muitas dimensões ou universos paralelos. Possui ordem e lei. Isso é válido tanto para o Inconsciente Individual como para o Coletivo.

c)    O Inconsciente é habitado por outras expressões, além dos deuses, em padrões de consciência que desconhecemos. Essas “formas de vida” têm vontade própria e têm relação com os elementos da natureza: fogo, água terra e ar. Podem ser do “bem” ou do “mal”, isto é, existem em várias escalas vibracionais.

d)    A energia psíquica não fica circunscrita ao Inconsciente Individual, mas circula através das mentes, ou do Inconsciente Coletivo. Nossos inconscientes se penetram e se influenciam mutuamente.

e)    A Filosofia/Mitologia Hindu se mostra prática, colocando à disposição dos interessados, exercícios psicofísicos para elevação do nível vibratório dos corpos (afirma que possuímos 6 corpos além do físico, que não os vemos por estarem situados em outras dimensões) e conseqüente melhoria dos estados de consciência, possibilitando a percepção de outros planos de existência por experiência direta.

f)     Afirma que há duas sendas no processo de evolução do ser humano: uma descendente e outra ascendente. A primeira é de densificação, de experimentação do mais denso, como um mergulho nas dimensões mais pesadas do universo. A segunda é de sutilização, de retorno ao princípio criador, destinada àqueles que não querem mais participar da Roda do Samsara, ou Ciclo de Reencarnações. 

Uma emoção ou um pensamento viaja através do espaço-tempo e afeta, positiva ou negativamente, outras formas de vida, sejam elas minerais, vegetais, animais, humanas ou sobrehumanas (deuses ou demônios).
As mais recentes descobertas da Física Quântica, que leva em consideração o intercâmbio interdimensional, já era conhecida dos antigos Rishis hindus. Basta ler os “Yoga-Sutras”, de Patanjali , sob o olhar treinado de Tamni, para ver isso.
A Mitologia/Filosofia hindu é completa, como um círculo fechado. É um sistema psicológico, cósmico, científico, religioso, artístico, sociológico, fenomenológico, místico, etc. Está tudo lá.
Impressiona o fato de que são colocadas à disposição do indivíduo, chaves práticas para alcançar níveis mais profundas de consciência.
A unidade múltipla perfeita no sistema hindu impressiona, pois se encaixa em qualquer conceito religioso.
A Mitologia hindu e sua inseparável filosofia, é profundamente psicanalítica. Absorve o ser humano e sua conduta, indo além, colocando possibilidades de evolução ao nível cósmico. Isso porque vê o ser humano de forma multidimensional, inserido num plano coerente, coletivo ao mesmo tempo (somos unidades de um corpo maior, como células). A energia sutil (Chi, Prana, Orgone, ou seja lá como queiramos chamá-la) não fica restrita ao indivíduo e seu inconsciente, mas viaja pelo espaço-tempo afetando outros seres.
Toda a Mitologia/Filosofia hindu se baseia na busca de um pensamento ideal, capaz de levar a planos mais sutis de consciência. Isso significa que é possível expandir nossa percepção, que é o mesmo que tornar consciente o Inconsciente, em níveis inimagináveis.
Aqui cabe explicar ou lembrar a noção do que seja o Inconsciente na Mitologia hindu. Ele é abrangente, multidimensional e é habitado por várias formas de vida, desconhecidas para nós, em nosso nível de freqüência vibratória. Nesses universos paralelos vivem civilizações, povos, sejam humanos ou não. Estão aqui e agora, só que em outros níveis vibratórios.
Os mantras são muito úteis para criar ressonância com esses universos. Tudo vibra no Universo. A vida vibra e a Mitologia/Filosofia hindu, prática como ela só, nos dá ferramentas maravilhosas para acessar esses outros universos, que estão dentro de nós e fora de nós.
Como já dizia Hermes, assim como é abaixo é acima, como é acima é abaixo. Também é oportuno citar o Templo de Delfos, com sua famosa e significativa expressão: “Homem, conhece-te a Ti Mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.
Essa é a psicanálise que o presente e o futuro nos reservam. Acredito que essa releitura da Mitologia/Filosofia hindu é um dos caminhos que pode nos conduzir a uma nova etapa da Psicanálise, a um conhecimento mais profundo e amplo do que seja o Inconsciente e suas possibilidades.




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